sábado, 27 de novembro de 2010

Fotos: RSantini
sexta sem pele

A Esquina Democrática, mais famoso cruzamento de ruas de Porto Alegre, palco de manifestações de diferentes matizes, viveu na tarde desta sexta-feira, 26 de novembro, as emoções de uma Sexta-Feira Mundial Sem Pele. Evento que ocorre simultaneamente em centenas de países, registrou ações no Brasil por parte do Holocausto Animal, em São Paulo, e pela Vanguarda Abolicionista, na Capital gaúcha. Diversos banners de tamanho grande mostraram de forma nua e crua a indústria das peles – incluíndo aí o tradicional couro, que muitas vezes passa despercebido e tem no RS um tradicional produtor.

sexta sem pele

A Vanguarda Abolicionista levou para o calçadão do Centro portoalegrense um total de 23 de seus apoiadores, inclusive dois do Paraná, ligados à ONCA. Um dos ativistas da VAL ficou apenas de sunga, jogado no chão e coberto de sangue falso, atraindo a atenção dos milhares de passantes.

sexta sem pele

Cerca de dois mil impressos de conscientização contra o uso de peles foi distribuído durante a tarde, além de panfletos diversos – com a barraca do grupo enfeitada por um velho casaco de peles pichado de tinta. A ocasião também permitiu a coleta de assinaturas contra a importação de girafas para o Zoológico de Sapucaia do Sul, dentro do movimento Lugar de Animal, coalizão da qual a Vanguarda faz parte.

sexta sem pele

A maioria dos populares se mostrou surpreso com a verdade de violência contra os animais denunciada pela ação. "Eu mesmo trabalho no ramo de peles, mas as 'coisas' chegam prontas para a gente, nem sabia que era assim que faziam", confessou um senhor de meia-idade, ao ser abordado. Muitos também foram os que pediram informações sobre o uso de couro vegetal, materiais sintéticos e fibras naturais. "Não come carne, não fuma, não bebe, não joga, não trepa… se mata!", deobochou um idoso que mal escutou as propostos de um dos manifestantes e já decreteu seu conceito equivocado.

sexta sem pele

Mas centenas de outros – inclusive a banda argentina Boom Boom Kid, que passou pelo local – parabenizaram pela atividade pedagógica, e pela coragem de fazê-lo, em meio a um Estado exportador de pele de chinchila e de couro bovino, entre outros.

Galeira de imagens

sexta sem pele
sexta sem pele
sexta sem pele
sexta sem pele
sexta sem pele
sexta sem pele
anti-fur

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

peles

por Marcio de Almeida Bueno

As pessoas aí – mesmo as ruminantes de carne – se chocam com os vídeos da indústria de peles, e nem daria para não se chocar mesmo, mas mantêm o couro só no sapatinho. Até hoje nao entendi porque a bifurcação mental entre animais fofos e peludos – e de certa forma distantes, e a vaca que capota no cimento do matadouro. Sim, antes que gritem os chatos, eu sei dos deatlhes sórdidos e criativamente cruéis que envolvem esta ou aquela atividade em específico, mas daí estaríamos caindo barranco abaixo em direção ao bem-estarismo, do tipo 'se meu remorso for menor, pode tá?'.

E a coisa nao é assim. É preciso pensar que, em princípio é uma pele animal que cobre o sapato, segura as calças para não caírem ou 'protegem contra o frio', conforme justificativa de praxe. Então se aceita uma pele daquele animal ali, o gordo com chifres e meio pateta, mas não do fofo e ágil, com talento para virar desenho animado.

O cheiro de couro ao passar em frente a uma loja 'especializada' me embrulha o estômago.

E esse couro foi tratado e processado até perder sua, digamos, aparência de animal. Tal como os nuggets ou a mortadela, coisa que se come mas não traz a cara de quem, tocado por Midas ao contrário, virou alvo do tesão gastronômico. E quem arrota preocupação com o meio-ambiente sustentável deve estar sempre gripado, com 'dariz endupido', toda vez que passa pore região onde tenha curtume. E toda a água intoxicada, metais pesados a go-go, é encanada e enviada para Marte, claro. "An, mas couro é natural, sintético é que faz mal", como já ouvi de uma subgênia ao receber um panfleto anti-couro.

E, no entanto, essa gente vira a cara na hora de assistir a um vídeo – mas a vida é ao vivo – de morte de bichinhos fofos para que a J-Lo ou o 50Cent tenham onde gastar o dinheiro que ganham com sua, tipo, 'arte'. Quem acha que estou valorizando menos o sofrimento dos arminhos, martas e outros animais que 'dão sua pele para aquecer os humanos', que me encontre em qualquer Sexta Sem Pele.

Vejam que falei da MORTE de um animal, não falei de sua desgraçada vida dentro de uma gaiola, retirado da natureza para ser ingrediente das planilhas de cálculo de exportação. É necessário fazer um insight e pensar no que é acordar todo dia em um quadrado de grades, tendo como opção comer, cagar, dormir ou girar no próprio eixo.

OK, tem humano que faz apenas isso durante toda sua existência e ainda se considera o degrau final do darwinismo, mas não é esse o ponto.

A questão é que esfolar terceiros para ter um calçado, etc, mais resistente – em tese, moçada, em tese – é uma escolha do sistema apresentada em dois de seus altares sagrados – a indústria e o comércio. Em não havendo 'de couro' de um dia para o outro, o povo vai espernear por um tempo, os formadores de opinião vão dizer o que o patrão mandar por um tempo, mas depois todos vão marchar felizes usando calçado feito de _________. Mais barato e resistente.

E, se imagino, poluindo apenas TANTO QUANTO antes, o tal meio-ambiente sustentável puxa-voto. Mas para isso, os especistas esdão zempre de dariz endupido, diacho!

Fonte: ANDA

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

 
Fotos: Marcio de Almeida Bueno
girafa

 

Na tarde deste domingo, 31 de outubro, o movimento 'Lugar de Animal é em seu Habitat Natural' aproveitou o início da 56ª Feira do Livro de Porto Alegre - maior feira de livros a céu aberto das Américas – para marcar presença. Representantes de algumas das dezenas de ONGs que fizeram coalizão em prol das girafas se reuniram na entrada da feira, na Sete de Setembro. Os ativistas realizaram maciça panfletagem, dado o fluxo constante de milhares de pessoas, com recolhimento de assinaturas contra a importação de girafas para substituir as que morreram no Zoológico de Sapucaia do Sul.

 

girafas

 

A manifestação teve grande respaldo popular, apoiada pela recente cobertura da Imprensa e pela ágil difusão do caso na Internet. Centenas de pessoas diziam estar acompanhando o caso das girafas, fazendo questão de incluir seus nomes no abaixo-assinado. Outras muitas ficavam surpresas ao saber da seqüência de mortes dos animais.

 

girafas

 

Crianças recebiam adesivos com motivos ligados ao movimento, enquanto os pais ouviam as explicações dos ativistas. Alguns, pela primeira vez, tomavam conhecimento das idéias abolicionistas e refletiam sobre a proposta de liberdade aos animais, ao contrário das atuais relações ditadas pela humanidade.

 

girafa

 

As assinaturas serão formalmente protocoladas junto à Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, responsável pelo Zôo de Sapucaia - que já adiou a decisão sobre a importação de girafas da África, depois da mobilização popular. Quem quiser endossar o documento, poderá fazer também na versão online, disponível em www.lugardeanimal.com.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Campamento en defensa de la tierra, el territorio y los bienes naturales

Convergencia climática hacia la COP 16.
A realizarse el
5, 6 y 7 de noviembre
de 2010 en
San Salvador Atenco,
Estado de México.
Considerando que:
En México y en todo el planeta, se ha intensificado y acelerado el modelo de extracción y de despojo de la tierra, el territorio y los bienes naturales. Se ha vuelto cada vez más necesario reorganizarnos contra el saqueo, la explotación indiscriminada y la contaminación de los bienes comunes así como hacer frente al desastre ambiental de explotación de la naturaleza, considerando que es la madre tierra, la base de la vida y de la posibilidad de las alternativas.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

ONGs fazem mutirão neste domingo para colher assinaturas contra a importação de girafas da África
 
 
Neste domingo, dia 24 de outubro, diversas entidades de defesa dos animais estarão no Brique da Redenção, em Porto Alegre, conversando com a população, distribuindo panfletos e adesivos, e recolhendo assinaturas em um abaixo-assinado. A idéia é impedir a importação de três girafas da África, para substituir as últimas girafas que morreram no Zoológico de Sapucaia.
 
No mês passado morreu Dorotéia, a última girafa do zoológico da Fundação Zoobotânica do RS, na cidade de Sapucaia do Sul. Sua companheira havia falecido em julho, e a tristeza era visível, a ponto de comprometer a saúde do animal. Como a direção do Zôo já planeja importar outras três girafas - em um momento que o mundo começa a questionar sua relação com o meio ambiente e com os animais - foi lançada a campamnha 'Lugar de animal é no habitat natural'.
 
O movimento 'Lugar de animal é no habitat natural' conta com apoio de dezenas de entidades de defesa dos direitos animais. Há uma petição online que já circula pela Internet, um selo para sites e recolhimento de assinaturas junto à população, que tem se mostrado solidária com os animais. O crescente número de participantes tem mostrado a desaprovação dos zoológicos como lugares benéficos aos animais.
 
A atividade deste domingo acontece junto à banca da ONG Gatos & Amigos, no Brique, a partir das 10h. Informações sobre a camapnha estão no site http://www.lugardeanimal.com.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Foto: VAL
feira alimentação
Banquinha vai tratar de veganismo

O Comitê Gaúcho de Ação da Cidadania promove neste domingo, dia 17 de outubro, a Praça de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável 2010, que estará instalada ao redor do Munumento do Expedicionário na Redenção, em Porto Alegre. Haverá stands de entidades como Associação Gaúcha de Nutrição, Emater, Conselho Estadual de Segurança Alimentar, Embrapa, Instituto de Cardiologia, Fome Zero, Organização de Mulheres Negras, Secretaria da Saúde e muitos outros, das 10h às 17h.

A equipe do site ProVegan e a Vanguarda Abolicionista terão uma banca educativa com distribuição de impressos informativos sobre o veganismo, em parceria com a Sociedade Vegetariana Brasileira. O Movimento Justiça Ecológica, da colaboradora Eliane Carmanim Lima, também terá stand, com distribuição de panfletos e informações sobre o vegetarianismo, aspectos nutricionais e filosóficos. A entrada é franca.

Clique aqui para ver a programação completa deste ano. Clique aqui para ver como foi a feira do ano passado.

domingo, 26 de setembro de 2010

Da liberdade aos animais ou 'hamster-correndo-em-uma-rodinha'

por Marcio de Almeida Bueno
26 de setembro de 2010

Se as pessoas têm plena dificuldade de compreender e vivenciar o conceito de liberdade, em suas próprias vidas, como ver a liberdade em seres que considera inferiores, os animais? Cada uma dessas pessoas aí fora, marchando pelo mundo na certeza de que realizou escolhas, dentro do fiapo de espaço que o sistema lhes permite, têm noção exata de que ser livre não significa quicar em paredes de condições e poréns? Gente que acha que escolheu alguma coisa na vida, apesar da carreira ter sido teleguiada pelos pais, a aparência pessoal pela moda vigente, a sexualidade pela pressão social, os 'favoritos' por indicação, a alimentação pela tradição, o voto político pela falta de opções melhores, a religião pela família ou pela proximidade geográfica, as opiniões pelas vozes mais altas que ouve, entre todos que falam.

Acostumado com o brete, o mundaréu de povo aí fora acha normal o animal escravo, o animal produto, o animal consolo, o animal serventia. 'Ah mas é bem tratado', resposta automática que mais ouço, um mantra cantado ad nauseam com sininhos de acompanhamento – justamente esse raciocínio que alguém teve, e o autômato ao lado achou razoável e incorporou a seu receituário de verdades. Sendo bem-tratado, OK, com a óbvia fiscalização onipresente-onisciente que alguém deve estar fazendo, não eu. Livre é tão distante porque esse sabor não lhe foi permitido, ou ainda só está sendo acenado para depois da morte, como uma bengala para tolerar a vida com a resignação que se faz necessária.

Aplicar esse bem maior que é a liberdade por sobre o lombo de um cavalo, cachorro, passarinho, porco, hamster ou galinha é visto como mais uma das excentricidades dos abolicionistas porque, no fundo do ralo, a vida de cidadão engessado incomoda aquele que resolve questionar os padrões. As promessas mágicas que a vida por si só parecia oferecer logo adiante, mas a passagem dos anos se revelou apenas um hamster-correndo-em-uma-rodinha, e esse afrouxar de cinto da liberdade vale tanto que não será para um porco que será atribuído, nem pro coelho que arde no laboratório, ou para o passarinho engaiolado que canta porque foi afastado da fêmea.

No corredor estreito que se permite correr, o populacho aí fora acredita que escolheu o programa de televisão, o prato do dia, o representante político, a cor do sapato, a marca de cigarro, a opinião firme sobre aborto / casamento homossexual / imposto sobre grandes fortunas / controle de natalidade / Deus / trabalho / Brasil / família / animais bem tratados ou não. No entanto, a ausência de leitura ou de conhecimento mais amplo sobre os assuntos não impede que a pessoa deite sua opinião em público, repetindo as palavras que ouviu do pai, ou que achou consistentes, ou que viu na TV algúem dizendo. Incapaz de sentir as próprias entranhas, de cuspir fora os embutidos morais que – voluntariamente – engole para não fazer feio aos demais.

Então se domado pela família, chicoteado pelo grupo social, marcado a ferro pela religião e cabresteado pelo chefe, este cidadão hipotético a quem me refiro vai ler como normal um animal que nasceu para o trabalho que não escolheu, sustentando terceiros. E que se tiver sorte, será bem tratado. Na sabedoria popular, na tradição oral passada adiante, o conformar-se com a própria situação está dentro das normas de etiqueta, do que se espera como razoável e sensato, para evitar transtornos 'ao vizinho'.

Não será um porco escravo, útil para o lucro de uma minoria acima dos demais – pagantes silenciosos, que vai sensibilizar essa maioria que reza o terço dos hamsters, volta após volta na rodinha.

www.vanguardaabolicionista.com.br

Para não receber mais, basta clicar em 'Responder' que seu endereço eletrônico será removido do mailing.

Fotos: RSantini
congresso vegetariano
Muitos nomes conhecidos passaram pela banquinha da VAL

De 16 a 19 de setembro, a Vanguarda Abolicionista esteve participando do 3º Congresso Vegetariano Brasileiro, ocorrido em Porto Alegre. O stand do grupo acabou sendo o ponto de encontro e bate-papo dos maiores nomes do ativismo e pensadores da causa animal no Brasil, atraídos pela qualidade do material exposto e pela recepção fraternal.

Congresso Vegetariano
Público interessado e selecionado foi uma constante no stand do grupo

Nomes como George Guimarães do VEDDAS, Bianca Turano e Núzia Brum da SVB/Rio, Bruno Müller e Leon Denis da Sociedade Vegana, Silvana Andrade da ANDA, Alex Avancini do Vegan Staff, Anderson Reichow e Lúcia Badia dos DDA/Pelotas, Fábio de Oliveira da UFRJ / UNIRIO, Márcio Linck do Projeto ProAnimal, Cacá e Marcelle Nedel do ComPaTA, Gunther Filho da Sea Shepherd e todo o grupo paraense Vegetarianos em Movimento estiveram circulando pela banca da VAL durante os quatro dias do congresso. O público geral do evento também se fez presente de forma maciça junto aos integrantes da Vanguarda Abolicionista, adquirindo camisetas, adesivos, buttons e livros, solicitando amostras do farto material gratuito, trocando contatos, batendo fotos, oferecendo-se para participar das atividades do grupo ou apenas parando para confraternização.

congresso vegetariano
Troca de idéias e descontração fizeram parte da presença da Vanguarda Abolicionista no Congresso

A Vanguarda Abolicionista também participou da programação de palestras e oficinas do congresso, sempre filmadas para posterior divulgação. No sábado, 18 de setembro, às 9h, o membro-fundador da VAL, jornalista Marcio de Almeida Bueno, ministrou a palestra 'Comunicação de guerrilha, Jornalismo pé-na-porta e mantra-boca-suja: táticas e relato de cases', sobre ações práticas de comunicação viáveis ao interessado em se engajar na causa animal, para uma sala cheia.

congresso vegetariano
Jornalista apresentou ferramentas e táticas de Comunicação para a causa abolicionista animal

A palestra seguinte esteve a cargo de outro membro-fundador do grupo, a bióloga Ellen Augusta Valer de Freitas, que apresentou 'A defesa dos direitos animais na educação' para uma sala lotada.

congresso vegetariano brasileiro
Bióloga relatou suas experiências como educadora engajada

No dia 19, às 9h, houve a oficina de ativismo 'Vanguarda Abolicionista e o ativismo linha-de-frente', ministrada por Marcio de Almeida Bueno, que fez uma versão resumida da palestra do dia anterior, já que diversas pessoas não puderam assistir em função dos eventos simultâneos.

vanguarda abolicionista
Oficina da VAL reuniu ainda mais público para conhecer estratégias e casos em prol dos animais

Em seguida, a nutricionista Claudia Lulkin ministrou 'Magia Vegetal: o vegetarianismo mudando paradigmas pró saúde humana, animal e do planeta'. A ativista e culinarista Pris Machado apresentou a demonstração culinária 'Panquecas Recheadas & Cookies de Chocolate' – ela e Claudia Lulkin montaram um concorrido stand em frente ao da VAL, que também recepcionou famosos e anônimos que circularam pelo Congresso Vegetariano.

Claudia Lulkin
Nutricionista apresentou seu vasto arsenal de conhecimento e experiências

A socióloga Eliane Carmanim Lima apresentou a palestra 'Vegetarianismo – uma revolução cultural: evidências e implicações', os parceiros Carol & Leo, do restaurante Casa Verde, apresentaram a demonstração culinária 'Delícias veganas', e Alex Avancini, do Vegan Staff, mostrou o protesto da Vanguarda Abolicionista na última Expointer como parte de sua palestra.

vegan staff
Vanguarda foi citada em palestra proferida por ativista de São Paulo

Integrantes do grupo ainda foram entrevistados para o programa Sintonia da Terra, dos Ecojornalistas, e para um documentário sobre vegetarianismo produzido por Rachel Siqueira, a popular 'La Chica'. Houve jantar árabe na noite de domingo, 19, reunindo o VEM, do Pará, ComPaTA, de Passo Fundo, e a Vanguarda Abolicionista.

domingo, 29 de agosto de 2010

Fotos: RSantini
expointer

por Marcio de Almeida Bueno, jornalista

Neste domingo, dia 29 de agosto de 2010, mais uma vez dezenas de ativistas estiveram realizando protesto em frente à Expointer, a maior feira agropecuária do Brasil, e uma das maiores do mundo. Das 10h às 16h, a Vanguarda Abolicionista esteve realizando panfletagem junto às bilheterias do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio - região metropolitana de Porto Alegre, com participação dos grupos ComPaTa, de Passo Fundo, e Projeto ProAnimal, de São Leopoldo.

explorinter

Dentro do parque, animais confinados, engaiolados, puxados pelo nariz ou esperando a hora de morrer, exposições dos campeões das 'raças', e a final do Freio de Ouro, tradicional rodeio gaúcho. No portão principal, banners e faixas foram erguidos, denunciando a situação de escravidão, exploração e morte a que os animais são submetidos, a despeito da idéia de 'bem tratados'. Com uma maioria de veganos e alguns vegetarianos, os cerca de 30 ativistas apresentavam ao público a opção de uma vida que prescinde de carne, leite, ovos, couro, etc, nem de diversão às custas do sofrimento animal, como rodeio e laço.

Expointer 2010

Milhares de pessoas entravam na Expointer, e obrigatoriamente passavam pelo protesto, recebendo material impresso ou mesmo interessando-se pelas mensagens dos banners. "É que para comer carne a gente tem que matar a vaquinha, minha filha, e esse pessoal está pedindo que não se mate mais os animais", explicou uma mãe à filha pequena, que perguntava sobre o significado das fotos e dos dizeres.

explorinter

Um simpático cachorro de rua se aproximou dos manifestantes, recebendo água para beber e pomada cicatrizante em um machucado que apresentava, graças a duas participantes que também atuam na proteção animal.

expointer 2010

O protesto se encerrou ao final da tarde, após mais de mil cópias do material impresso preparado para a ocasião terem sido distribuídas ao público pedestre. Clique aqui para ver a matéria sobre o protesto publicada em Zero Hora.

expointer

Explorinter

sábado, 28 de agosto de 2010

Fotos: RSantini
vida universal

por Marcio de Almeida Bueno, jornalista

Na noite desta quarta-feira, dia 25 de agosto de 2010, a Vanguarda Abolicionista promoveu um bate-papo em Porto Alegre com a ativista Janete Wood, do grupo alemão Vida Universal. O restaurante vegano Casa Verde lotou, com dezenas de pessoas interessadas nas experiências do Universelles Leben, que possui representantes em muitos países do Ocidente. Veganos, vegetarianos, ativistas, integrantes da VAL e do Projeto Pro-Animal, de São Leopoldo, se fizeram presente na ocasião, que reuniu alguns dos maiores nomes e pensadores da libertação animal no Rio Grande do Sul.

vida universal

Janete falou sobre a atuação do Vida Universal na Alemanha e na Europa, com a compra de terras para instalação de fazendas onde é promovida a 'agricultura pacífica', e onde são abrigados animais salvos do abandono, da caça e da pecuária. "As áreas são unidas, para que a fauna possa circular livremente, e a colheita é feita apenas em parte, deixando alimento para as aves e outros animais".

vida universal

O Universelles Leben vende legumes e produtos veganos que estão além do conceito de orgânico, mantem canal de rádio e televisão, e publica livros, revistas e materiais diversos, com maciça distribuição gratuita. "Temos outdoors por toda a Euorpa, e nossas manifestações acontecem todos os meses, reunindo até 400 pessoas", comenta Janete.

vida universal

Com base espiritual cristã, o Vida Universal também é conhecido pelas críticas em relações às demais religiões, que se omitem na questão da exploração dos animais. Esse ponto foi bastante debatido pelos participantes durante o evento, já que o grupo alemão diz apenas seguir as palavras de Jesus Cristo – sem morte ou escravidão de animais, e preocupação também com a vida dos vegetais. "Criamos o conceito de 'terrano', um passo além do vegano, por exemplo colhendo as frutas que já caíram da árvore, no lugar de arrancá-las. Mas ainda há um longo caminho", explica.

vida universal

O bate-papo começou às 19h30min e seguiu até depois da meia-noite, com rodada de massas veganas, incluindo o inédito queijo ralado vegetal. Vários dos presentes fizeram questão de posar para fotos junto com a ativista, que ainda trouxe para a VAL revistas, camisetas, livretos e buttons.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

producao carne

 

por José Otavio Carlomagno

 

Nestes tempos de realidades virtuais, a água virtual não é uma fantasia, como pode-se pensar, mas uma realidade quase invisível e de difícil mensuração. Entende-se que a água virtual é aquela utilizada na elaboração de um bem de consumo ou serviço, ela está embutida no produto de maneira indireta, pois são os recursos hídricos utilizados no processo de produção. Este conceito foi introduzido em 1993, pelo professor inglês John Anthony Allan, do Kings College, de Londres.

 

A maioria de nós tem noção do gasto direto individual mensal de água. Para obter-se esse dado o processo é simples, basta dividir-se o consumo de água de uma residência pelo número de moradores da casa. Considera-se como valor médio de consumo direto, na área urbana, 4m³ , que correspondem a 4mil litros, por habitante e por mês.

 

Pois bem, o consumo de água virtual é muito maior do que o consumo direto, apesar de ser quase invisível. Para se produzir um único par de sapatos de couro utiliza-se 8m³ de água, ou seja 8 mil litros. Se a pessoa comprar um par de sapatos de couro por mês a água utilizada na sua produção é o dobro do consumo médio direto mensal por indivíduo. Mas pode-se argumentar que poucas pessoas compram um par de sapatos de couro todo mês. Pois bem, para se produzir um único hambúrguer gasta-se 2,4m³ de água, ou 2 mil e 400 litros. Quem come apenas dois hambúrgueres por mês, está consumindo indiretamente uma quantidade de água 20 por cento maior do que todo o gasto direto individual, os dados são da WWF.

 

Dados da Unesco nos dão conta que para se produzir 1kg de carne bovina, de boi criado a pasto, o gasto de água é de 14 mil a 16 mil litros, para produzir-se 1 kg de carne de boi confinado o gasto com água passa de 20 mil litros, 1 kg de carne de frango gasta 4 mil litros e 1 kg de carne suína 6 mil litros de água. Para se produzir 1 kg de milho utiliza-se 0,45 mil litros de água, podendo esse valor subir para 1,1 mil litros se a cultura for irrigada e situar-se em local de elevada evapotranspiração. Para feijão usa-se 1,5 mil litros de água/kg e em cultura irrigada 2,3 mil l de água/ kg. Outros dados:

 

Banana: 500 litros/kg
Batata: 105 a 160 litros/kg
Laranja: 378 litros/kg
Tomate: 105 a 280 litros/kg
Trigo: 1150 a 2000 litros/kg
Manteiga: 18000 litros/kg

 

De maneira geral, os produtos de origem animal são disparados os maiores gastadores de água.

 

O Brasil exporta 8 milhões de toneladas de carne bovina anualmente, para produzir essa quantidade, são utilizados 128 bilhões de m³ de água, isto é 128 trilhões de litros. Esse volume inimaginável nos dá uma ideia do desperdício de água pela indústria da morte. Essa água de sangue e produtos químicos vai para os rios, o custo do tratamento dessa água é arcado por todos nós para que o pecuarista lucre, o industrial lucre e o governo comemore a entrada de divisas. A sujeira fica por aqui, para que o europeu possa comer carne sem sujar a água de seus rios. A isto, aqui, chamam de progresso: sujar a água, para que poucos obtenham vantagens. Agregada à indústria da carne está a indústria do couro, que, talvez, seja mais poluente do que a primeira, três a quatro vezes por ano lemos nos jornais que ocorre morte de peixes na bacia do Rio Dos Sinos causada pelos efluentes dos curtumes da região. Não há interesse em se apontar os responsáveis, até porque todos são conhecidos. Observe que usei como exemplo apenas a carne bovina, mas há a carne suína, carne de aves, açúcar, soja, álcool, café, suco de laranja, que são os produtos agrícolas exportados pelo Brasil em grande quantidade.

 

Há uma "outra" água que chama menos ainda a atenção do que a água virtual, mas que daqui para frente deve ser levada em conta no cômputo do gasto hídrico com produção, apesar de o volume ser pequeno quando se compara com a outra. Uma vez que os recursos hídricos do planeta estão sendo dilapidados rapidamente, em prol do consumismo exacerbado e nada racional, a "água de exportação" – aquela que sai do lugar de origem porque faz parte do produto exportado – terá cada vez mais destaque e creio que futuramente seu valor deva ser agregado ao produto.

 

Se somarmos às 8 milhões de toneladas de carne bovina que o Brasil exporta, as 2,5 milhões de toneladas e as 600mil toneladas de carne suína, o total de carne exportada é 11,1 milhões de toneladas. Na composição das carnes a água representa algo em torno de 75%, assim 8,25 milhões de toneladas de água, ou 8 bilhões e 250 milhões de litros d'água sairão do país este ano, com a exportação de carne. Essa quantidade representa valor muito maior do que o volume de água da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, que possui 6,55 milhões de toneladas de água, ou seja, 6 bilhões e 550 milhões de litros de água. Os outros produtos agrícolas exportados em grande escala pelo Brasil: suco concentrado de laranja, soja e café juntos levam do país 6 bilhões 678 milhões de litros de água. Por ano enviamos ao exterior duas Lagoas Rodrigo de Freitas em água. A indústria da morte é a campeã na poluição das nossas águas e na exportação. Pois bem, fiz a conta a partir do ano de 1963, ano em que começou a exportação de suco de laranja, apesar de que o Brasil já exportava café havia mais de cem anos, mas de 1963 para cá o país exportou volume de água maior do que a Lagoa dos Patos, que tem 265 km de extensão.

 

A UNEP publicou um relatório de 110 páginas, em inglês, sobre o impacto ambiental de diversas atividades humanas no mundo, a produção de carne e leite é considerada uma das mais poluentes, acesse www.alturl.com/fj3p.

 

Em outra oportunidade vou falar sobre 'O boi verde e a vaca louca'.

 

* José Otavio Carlomagno é engenheiro agrônomo

 

Fonte: Vanguarda Abolicionista

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Paisagismo alimentar alia jardinagem à alimentação saudável


Foto: Marcio de Almeida Bueno
claudia lulkin

A nutricionista Claudia Lulkin, adepta de um estilo de vida em harmonia com a natureza, realiza trabalho educativo de resgate da cultura da jardinagem voltada para a alimentação num assentamento urbano na cidade de São Leopoldo, Rio Grande do Sul – o chamado paisagismo ou jardinagem alimentar. Nesta entrevista, ela esclarece o que é e quais os valores difundidos por esta prática que, de acordo com ela, deveria ser adotada não só no campo, mas também nas cidades.

Mobilizadores COEP – O que é paisagismo alimentar? Em que princípios se baseia?

R.: Paisagismo alimentar é uma proposta de se plantar, num mesmo local, plantas destinadas ao embelezamento e outras que podem fornecer alimentos, como árvores frutíferas, plantas medicinais, como guaco, boldo, camomila, e flores comestíveis como capuchinha. Em todos os lugares, em cada cantinho, em cada pedacinho que parece abandonado podemos fazer um jardim aprazível, curador, colorido, organizador do olhar. O princípio básico é embelezar como função estética, anti-estresse e incentivar a paixão pela jardinagem.

Mobilizadores COEP – De que maneira o paisagismo alimentar pode contribuir para promover a segurança alimentar, principalmente, dos mais pobres, onde os recursos e também o acesso à informação para uma alimentação saudável são mais escassos?

R.: Promover a segurança alimentar é muita pretensão, mas, ao plantarmos frutas como mamão, limão, laranja, bergamota, maracujá, pitangas, goiabas, butiás e abacate; temperos, como salsinha, cebolinha, manjericão, manjerona; e ervas medicinais como capim cidró, camomila, macela, lavanda, podemos oferecer às comunidades princípios curativos, vitaminas e minerais, que além de tudo podem ser compartilhados e dar aroma e cores à paisagem. Mesmo a jardinagem na cidade utiliza plantas de forma bem repetitiva, ou seja, com pouca diversidade e, em geral, sem função alimentar.

Mobilizadores COEP – Qual a relação entre paisagismo alimentar e permacultura? Poderia explicar a diferença entre eles?

R.: A permacultura é a prática de uma cultura permanente que engloba planejar e manter sistemas de escala humana ambientalmente sustentáveis. Em permacultura também se faz paisagismo alimentar e muito mais. Esta cultura ocupa-se de guardar água para molhar as plantas, ensina a fazer telhados verdes que também podem ter plantas alimentícias, faz casas com recursos locais. O paisagismo alimentar está dentro da permacultura, está dentro das práticas de agrofloresta, está dentro do paisagismo, da arquitetura, da agricultura urbana.

Mobilizadores COEP – Podemos aplicar o paisagismo alimentar nos grandes centros urbanos? Como seria o plantio em apartamentos?

R.: Muitas pessoas plantam suas flores e temperos em sacadas de apartamentos, em parapeitos de janelas. Os centros urbanos têm muitas áreas com espaços que podem se tornar jardins comestíveis. A princípio qualquer lugar pode receber plantas para se tornar mais agradável.

Mobilizadores COEP – Que tipo de alimentos, flores e ervas medicinais podem ser cultivados? Quais os principais cuidados que devem ser adotados?

R.: Já citei vários, mas é importante se certificar com pessoas que entendam de plantas e estudar o que pode ser plantado, para não ter problemas futuros com fios de eletricidade ou com canos que estão sob calçadas, por exemplo, caso as espécies escolhidas cresçam muito ou tenham a raiz muito grande.

Mobilizadores COEP – De que maneira podemos melhorar a nossa interação com a natureza, através dos alimentos, dentro dos grandes centros urbanos?

R.: Cada vez mais parece que as pessoas estão se dando conta da necessidade dos elementos da natureza para sua sanidade: tomar sol, respirar ar puro, sentir a brisa e o vento, ouvir a chuva, ver um lago, ver o verde, sentir os aromas. Se plantarmos jardins que também sejam comestíveis, também sentiremos sabores. É uma alimentação não só para o corpo, mas para a mente, para os olhos, para os sentidos, para o equilíbrio psicológico.

Mobilizadores COEP – Você trabalha com um assentamento urbano em São Leopoldo (RS), onde desenvolve um trabalho educativo através da jardinagem alimentar. No que consiste o trabalho e há quanto tempo vem sendo realizado? Ele já trouxe resultados? Poderia citar exemplos práticos?

R.: O assentamento urbano Vida Nova, em São Leopoldo, abriga cerca de 133 famílias que moravam às margens do Arroio Kruse e foram reassentadas pelo Projeto PAC Arroio Kruse – projeto articulado junto ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), vinculado ao Governo Federal, sob a coordenação da Prefeitura. O projeto visa também à regularização fundiária e a recuperação ambiental de aproximadamente 1,5 quilômetros do arroio.

Estamos começando a disseminar a ideia da criação de uma nova paisagem, de embelezar e valorizar os espaços individuais e coletivos e acrescentar princípios alimentares – jardins com ervas, com flores coloridas e curativas, com trepadeiras como guaco e bertalha, e babosa para cicatrização, por exemplo. As famílias assentadas já vinham de uma prática similar. Agora, estamos estimulando a continuidade dessas práticas e a aproximação da vizinhança, com um troca-troca de mudas, receitas e xaropes.

Mobilizadores COEP – Como a comunidade do assentamento está reagindo a este tipo de trabalho educacional? Ela participa e se envolve? De que forma?

R.: As pessoas se envolvem pelo prazer de ver os resultados, mesmo que isso tenha um tempo para se estabelecer: o tempo do crescimento das plantas. É interessante, pois o tempo urbano é da correria e a jardinagem tem o tempo das estações, das lunações e temos que esperar para ver o que acontece com as plantas. É outra dimensão.

É um trabalho ainda recente, mas esperamos envolver a comunidade e disseminar estas ideias. O método – inspirado a partir de leituras e vivências dos mestres Paulo Freire, Bill Mollison, Lucia Legan, Ademar Brasileiro e Clara Brandão; das Ongs Ingá, Flor de Ouro, Oca Brasil e Ecocentro IPEC – é da descoberta dos recursos disponíveis a cada momento, provocando rápida transformação com assimilação da idéia e da prática.

Mobilizadores COEP – Como podemos utilizar os alimentos de forma a torná-los aliados para o desenvolvimento de uma vida mais saudável e mais produtiva?

R.: Os alimentos de origem vegetal: frutas, verduras, flores, temperos têm princípios funcionais, curativos. Têm cheiros, cores, sabores verdadeiros. Se conseguimos transformar o paladar que está ficando também alterado por uma alimentação altamente processada e artificializada, estaremos oferecendo ao corpo mais nutrientes.

As atividades de jardinagem e de paisagismo alimentar também fazem com que as pessoas voltem a utilizar melhor seu corpo, se alongando, se abaixando, tomando sol. Rompem a doença do sedentarismo com uma atividade extremamente prazerosa e revitalizante.

Mobilizadores COEP – O que é importante fazer para que as comunidades adotem alimentação mais variada e criativa, valorizando os alimentos típicos de sua região? Pode citar exemplos?

R.: É importante colocar a mão na terra e na massa, fazer refeições junto, demonstrar na prática as delícias que estão disponíveis ou que podem se tornar disponíveis. Por exemplo: numa comunidade, uma senhora tem no seu pátio tomate de árvore. Passamos a utilizar os tomates em comidas na cozinha comunitária e o grupo reaprendeu a utilizar essa planta.

Em outro momento, utilizamos mamões verdes para uma geléia com coco e ficou uma delícia. Colhemos butiás e fazemos suco. Batemos maracujás com cenoura para suco e fazemos maionese de abacate, colhemos os chuchus e fazemos saladas ou doce. Quando se tem a disponibilidade dos recursos, torna-se mais fácil criar com eles. Esse movimento tem o intuito de envolver mais pessoas para que se tenha esses recursos disponíveis e possamos estimular este tipo de alimentação. Algo do tipo que 'essa moda pegue', resgatando o gosto pelo prazer da jardinagem.

Eu me tornei uma apaixonada por isso através de amigos que têm a maestria da jardinagem, como Ademar Brasileiro – Mago Jardineiro de Curitiba, Marco Krug, artista, designer, paisagista, doRecife (PE), o pessoal do Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado (Ipec), em Pirenópolis (GO); os jardins da Humaniversity, na Holanda. Todos são movimentos de resgate da relação do homem com o meio ambiente ao seu redor.

Entrevista para o Grupo de Combate à Fome e Segurança Alimentar
Fonte:
www.mobilizadores.org.br


segunda-feira, 12 de julho de 2010

Vanguarda Abolicionista se faz presente na marcha fúnebre do Código Florestal

Foto: Marcio de Almeida Bueno

Na manhã deste domingo, 11 de julho, a Fundação SOS Mata Atlântica e diversas entidades ambientais realizaram uma manifestação de pesar pelas alterações no Código Florestal, prejudiciais à natureza e que beneficiam o agronegócio. Com caixão e encenações, a marcha saiu da porta da Capela do Divino Espírito Santo, localizada na esquina da Osvaldo Aranha com José Bonifácio, em Porto Alegre, seguindo por esta via – transformada em rua de passeio aos domingos, por ocasião do Brique da Redenção – até o Monumento ao Expedicionário, no Parque Farroupilha.

Foto: Ellen Augusta Valer de Freitas
enterro códgio florestal

Durante o trajeto, paradas para 'velório', música, palavras de ordem ao megafone e bandeiras de inúmeras entidades alinhadas ao ambientalismo. Representando a libertação animal, a Vanguarda Aboliconista levou faixa e fez panfletagem , com um ativista fantasiado de funcionário de matadouro. O manterial impresso distribuído pelo grupo apontava que a diminuição das florestas significa menos animais silvestres livres, e mais gado escravo. Populares manifestaram apoio ao protesto, e também à causa da VAL, apesar de algumas reações contrárias.

Fotos: Marcio de Almeida Bueno
vanguarda abolicionista

Após o 'enterro' do Código Florestal, os grupos se dispersaram mas a Vanguarda Abolicionista aproveitou o fluxo intenso do Brique para seguir com panfletagem, atraindo a atenção dos transeuntes que não haviam acompanhado a manifestação inicial.

matadouro

Galeria de imagens

Foto: Joslei Lessa

Fotos: Priscila Hermann






pecuaria