terça-feira, 4 de dezembro de 2012

artigo: Natal em família ou ‘A guerra covarde contra os animais’

Vanguarda Abolicionista - Marcio de Almeida Bueno

Natal em família ou 'A guerra covarde contra os animais'

04 de dezembro de 2012 às 12:09

Vanguarda Abolicionista

Começa então o capotamento coletivo barranco abaixo em direção ao Mortal, digo, Natal. Alguém soprou um apito, tipo guarda de trânsito em proporções mundiais, e as pessoas saem da semiletargia cotidiana para uma agitação que só termina no dia 25 de dezembro, após o meio-dia, com ressaca e muita bagunça na cozinha. Pelo que entendi, uma certa crença religiosa, entre tantas, determina que é dia de celebrar um nascimento, mas – e aí vem o interessante – o rebolado globalizado usa mais outros ícones, mensagens e propósitos. Não importa o calor, tem que haver neve, e o surrealismo segue nos abanando.

Vou pular o clichê do 'celebrar vida com morte', combinado? Idem em relação aos sinceros votos de boas festas, direcionados a clientes, vizinhos, colegas de trabalho e demais pessoas a quem se tem velado horror, durante o resto do ano, com sorriso amarelo.

No momento em que uma criança, olhos brilhando na expectativa dos presentes, se vê no meio de uma família que se reúne completa provavelmente somente naquela data, e não pode faltar o peru-leitão-churrasco-'maionésia'-com-ovo-etc, como desfazer o link, anos mais tarde, e propor a não presença deste não-humano não-vivo ali no meio dos avós, tios, madrinha-que-veio-só-para-lhe-ver, pais, irmãos? Seja o não-humano assado, com maçã na boca, enfeite de papel no toco das pernas, ou despedaçado/derretido em forma de matéria-prima para uma culinária que, essa sim, é caprichada para tal importante ocasião. E vai-se cimentando a lembrança boa dos entes queridos reunidos, mastigando aquilo que já citamos acima, rindo fácil pela champagne que corre entre todos, o abrir dos presentes, o tão sonhado videogame, todo mundo de banho tomado, fotografias protocolares, e às vezes até o cachorro da família participando.

Quer dizer, só o 'chato' para depois, na fase adulta da vida, pensar novamente sobre o que seus atos representam, e o quanto eles colidem com o que considera importante, somado a uma leitura aqui, um vídeo que assistiu na Internet acolá, um panfleto que recebeu certa vez de alguém com camiseta preta, e faz-se um novo paradigma. Porque os autômatos aí fora, sonhando em pagar as prestações da caminhonete, ter o cabelo bem liso e um dia ter barriga de tanquinho, apenas abaixam a cabeça frente ao apito cósmico que ouviram, no começo de dezembro. "Eu já comprei os presentes e já dei, para não me incomodar mais", disse uma velhinha no ônibus, esses dias. Sábia senhora.

Um livro de receitas 'para o Natal' é um verdadeiro massacre, e hoje alguns já o folheiam lembrando em quanto aquilo tudo significa em termos de escravidão animal, vida em correntes, separação entre mães e filhotes, confinamento, bretes, aperto, marreta, choque, facas bem afiadas e 'desenvolvimento do agronegócio'. Mas até mesmo quem se autointitula como alguém que ama os animais se senta a essa mesa-Jogos Mortais. Eu não sento, há anos.

E acordo normal, no dia 25 de dezembro, sem ressaca nem cozinha bagunçada, computando um alívio de 0,000001% na guerra covarde que a humanidade trava contra os animais, e sabendo que não há o que celebrar, mas ainda muito a ser feito.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012


Os bons tempos voltaram! Bichos & Amigos faz brechó na Coronel Feijó neste sábado e domingo



Neste sábado e domingo, o brechó da ONG Bichos & Amigos, um dos mais tradicionais da causa animal em Porto Alegre, volta a ser realizado em seu local de origem - rua Coronel Feijó, 33, quase esquina com Assis Brasil, próximo ao Bourbon Assis Brasil. Das 14h às 17h, no sábado, e das 10h às 17h, no domingo, quem comparecer poderá ajudar os animais adquirindo moda feminina, masculina e infantil, sapatos, bijouteria, enfeites, livros, CDs, LPs raros, revistas e outros artigos. Tudo a preços módicos. Para chegar lá de ônibus, basta pegar qualquer coletivo que passe pela Assis Brasil e descer na parada 'Coronel Feijó' do corredor. Para quem está mais longe, a linha T2 / T2A, da Carris, deixam bem próximo do brechó.

Bichos & Amigos mantém acolhidos mais de 150 gatos e cachorros abandonados, e paga tratamento veterinário, esterilização e despesas gerais. Outras informações podem ser obtidas pelo www.bichoseamigos.org.br, 51-8461-5077 ou bichoseamigos@bichoseamigos.org.br. Os animais agradecem.


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Assessoria de Imprensa
Marcio de Almeida Bueno (jornalista Mtb 9669)
Bureau Assessoria e Conteúdo - fone 51-91679607
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domingo, 11 de novembro de 2012

Veganismo para o povo: Vanguarda Abolicionista teve stand na Feira SANS 2012, em Porto Alegre

 

Fotos: Marcio de Almeida Bueno
vanguarda abolicionista
Fluxo de pessoas na banca da Vanguarda foi intenso durante todo o dia

Das 9h às 17h deste domingo, 21 de outubro, a Vanguarda Abolicionista esteve com stand próprio na SANS 2012, Feira de Segurança Alimentar promovida pelo Comitê Gaúcho de Ação da Cidadania, com participação de diversas entidades, junto ao Arco da Redenção. Pelo quarto ano consecutivo, a Vanguarda Abolicionista se fez presente ao evento para divulgar o veganismo e esclarecer dúvidas da população. Centenas de pessoas passaram pela banca, conversando com os ativistas e levando para casa material impresso informativo. A data serviu também para lançamento da primeira edição do fanzine Vanguarda Aboliicionista, distribuído gratuitamente aos participantes da SANS, sendo que a tiragem inicial esgotou em poucas horas. Também houve venda de livros e camisetas oficiais do grupo.

vanguarda abolicionista
Até mesmo um gaúcho tradicionalista recebeu explicações sobre anti-especismo e libertação animal

Uma ativista da França, também fotógrafa do PETA, esteve no stand para trocar contatos e tratar de projetos internacionais de interesse para a causa animal. A nutricionista da Vanguarda Abolicionista deu orientações a pessoas de todas as faixas etárias, e pôde mostrar a imporância das plantas nativas brasileiras. O grupo ainda doou dois banners para serem instalados em um prédio próximo, onde reside uma protetora amiga. A ação se encerrou com um jantar vegano de confraternização. Uma galeria completa do evento está no Facebook.

vanguarda abolicionista
Fotógrafa do PETA francês foi recepcionada no stand

SANS 2012
Vista geral do evento, que movimentou a Redenção


quarta-feira, 14 de março de 2012

De teses em animais e coisificação de humanos - artigo

 

http://www.anda.jor.br/14/03/2012/de-teses-em-animais-e-coisificacao-de-humanos

 

De teses em animais e coisificação de humanos

Ellen Augusta Valer de Freitas

Nesta segunda-feira, 19 de março, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul vai sediar o primeiro Simpósio Internacional de Animais de Laboratório, ministrado em inglês, que vai tratar sobre a vivissecção. Quando trabalhei como voluntária no Comitê de Ética no Uso de Animais do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, as pesquisas de mestrado e doutorado realizadas por estudantes da Ufrgs eram enviadas ao comitê de ética do hospital, do qual era membro, para serem aprovadas. A Faculdade de Medicina da Ufrgs não realiza pesquisas com animais, mas quando estava no comitê de ética, trabalhos sobre fisiologia, medicina veterinária e outros eram enviados.  Haviam pesquisas tão ultrapassadas que até um leigo perceberia.
Mas como os mestrados e doutorados seguem em ritmo frenético, é preciso cada vez mais animais e idéias para trabalhos, que serão publicados e raramente viram um remédio, uma cura, um bem para a sociedade. Mas nosso dinheiro é empregado ali, para que porcos, cães, coelhos, vacas e ratos sejam utilizados como coisas.
Ressaltando, para os desavisados, que a pesquisa em humanos sempre foi e sempre será feita, independente de antes se pesquisar em animais ou não. Mas empresas lucram muito com a venda de gaiolas, animais e apetrechos, e por isso a dificuldade em se acabar com essa barbárie.
Como a crônica objetiva um alerta e reflexão sobre a realidade, não preciso citar as inúmeras pessoas que lutam pelo bem e os inúmeros médicos, estudantes que são contrários à vivissecção, procurando alternativas e mostrando resultados efetivos sem testes em animais. Os clichês devem ser repetidos, quando se busca a mudança de algo anti ético que já começa a parecer normal. Por isso aqui estou a fazer uma reflexão sobre o que acontece todos os dias e que as pessoas normatizam, com medo de encarar a realidade.
A discussão sobre o uso de animais não humanos passa antes de tudo pela maneira especista com que as pessoas vêem o mundo. E pela coisificação, típica do nosso sistema capitalista, como já nos advertia Erich Fromm.
Este psicólogo é brilhante e sintético quando afirma que o pensamento moderno tem uma idéia limitada do que é a liberdade de escolha. Que o sistema em que vivemos nos faz crer que temos escolhas, quando na verdade, escolhemos as opções já impostas pela sociedade ‘organizada’.
Quando vejo bolsistas de iniciação científica, defendendo cegamente seus orientadores, acima da ciência, da boa ciência, que considera antes de tudo os fatos e a busca da verdade, percebo o quanto essa idéia de liberdade está distorcida no pensamento acadêmico e na sociedade em geral.
A coisificação é algo comum e corrente no dia à dia e um observador nem precisa estar muito atento para perceber na cidade, diversas manifestações claras de que o cidadão ainda não aprendeu a ver o outro e a considerar o outro.
Os deficientes são tratados como se nao tivessem vida social, já que os ônibus com acessibilidade são raros, e eles são obrigados a esperar até que um ônibus acessível, e vago, apareça, para que possa utilizá-lo.
Quando um deficiente tem um namorado (a), é comum as pessoas, antes de mais nada e de forma egocêntrica, perguntarem ‘ele (a) também é deficiente?’.
O que pensar de quem urina no chão?
Como encarar com naturalidade sujeitos que enchem a cara e colocam a vida dos outros em risco ao dirigir?
As visitas em asilos acontecem esporadicamente, com as pessoas indo apenas uma vez, mais por peso na consciência, do que efetiva vontade de ajudar. Depois nunca mais aparecem lá, deixando os idosos com aquela sensação de se sentirem como ‘animais de circo’. A expressão também é válida para quem visita zoológicos e outras ‘vitrines’ que coisificam vidas.
Muitas pessoas usam as redes sociais como válvula de escape de suas idéias reacionárias e abusam de figuras preconceituosas, gráficos distorcidos para criticar o governo, para pedir ajuda às ‘crianças carentes da África’, repassando e-mails e documentos falsificados, que as pessoas nunca leram até o fim. Apenas para desanuviar a consciência e ter a vazia e vaga sensação de ‘estar fazendo alguma coisa’.
Mas as mesmas não fazem nada de concreto para ajudar efetivamente. E estou sim, generalizando, pois conheço pessoas que fazem muito pelo próximo, pelos animais e pelo planeta. Mas estas pessoas são poucas e o trabalho é muito.
A coisificação de pessoas se mostra visível no dia à dia, na maneira das pessoas, na falta de educação vista nas ruas, no medo que as pessoas tem de pedir com licença em voz alta e de dizer muito obrigada. Parece que qualquer contato a mais, pode significar a invasão de um mundo fechado e egóico que se forma dia após dia no ser humano moderno.
A mudança deste paradigma acontecerá com pequenos passos, como por exemplo, ler este artigo até o fim, antes de sair por aí escrevendo asneiras e fazendo apontamentos pura e simplesmente por vontade de pichar o trabalho de alguém.
Quando começarmos a evitar o repasse de material preconceituoso e responder à pessoa que nos enviou, educadamente, que aquele material é falso e prejudica outras pessoas. Quando, em vez de sermos cegos admiradores de nossos professores, formos alunos de verdade, buscando o certo, doa a quem doer.
E quando a elevação do caráter humano, da ética e a busca pela educação verdadeira for prioridade pessoal.

quinta-feira, 8 de março de 2012

 
----- Original Message -----
Sent: Wednesday, March 07, 2012 5:25 PM
Subject: Enc: Cachorro desaparecido AJUDA POR FAVOR



*Comunicamos o desaparecimento de um cachorro vira-lata com Chow Chow, de porte médio, pelagem marrom, que atende pelo nome de Sancho, no Bairro Bonfim em Porto Alegre, próximo a Rua Santo Antonio, número 871. Contato pelo telefone (51) 8492-3335 

Por favor, me ajudem, esse cachorro é tudo pra mim.
Desde já, obrigada.
 Daniela Menezes Guerra


domingo, 1 de janeiro de 2012

Retrospectiva 2011 Vanguarda Abolicionista

Vanguarda Abolicionista lança sua retrospectiva de 2011:
 
 
 
 
Se puder, dê um 'gostei' no vídeo, e compartilhe nas rede sociais! Que esse exaustivo ano seja um estímulo aos demais ativistas, em 2012.
 
Não respoda este email automático. Contatos pelo vanguardaabolicionista@gmail.com.
 
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