sábado, 24 de outubro de 2015

Porto Alegre: ativistas promovem ato público '269'

Porto Alegre: ativistas promovem ato público '269'

Fotos: Marcio de Almeida Bueno

A tarde deste sábado, 24 de outubro, foi dedicada ao evento 269 na Esquina Democrática, Centro de Porto Alegre. Ativistas independentes e da Vangurda Abolicionista realizam ato com banners, panfletagem, discurso ao microfone e exibição de documentários contra a exploração de animais. A ação chamou a atenção de muita gente que circulava pelo calçadão, e muito material foi distribuído durante três horas. Um morador de rua que passava pelo local, visivelmente alterado, passou a maltratar o filhote de cachorro que carregava, que acabou sendo resgatado pelos ativistas e encaminhado para tratamento.


Flahes da 7a Feira Vegana de Porto Alegre - 18/10/15

Fotos: Marcio de Almeida Bueno e Paulo Franklin









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sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Professor vegano é proibido de lecionar em MG por defender direitos animais

Professor vegano é proibido de lecionar em MG por defender direitos animais


(da Redação)

Divulgação

Divulgação

No dia 20 de outubro, o educador vegano e colunista da ANDA Leon Denis foi chamado a comparecer na escola em que lecionava, na cidade de São João Evangelista, Minas Gerais, para ser informado que estava oficialmente dispensado de sua função.

A ordem de dispensa foi dada pela superintendência de ensino localizada na cidade mineira de Guanhães no dia 15 de outubro. Ironicamente, o dia do professor.

O educador Leon Denis é internacionalmente conhecido como pioneiro no ensino de direitos animais, ética animal e veganismo em escolas públicas no Brasil. Para tratar dessa temática em sala de aula, o educador  usa uma abordagem filosófica, lógica, histórica e científica. Os temas apresentados e trabalhados em sala de aula questionam as tradições e os costumes e mexem com o status quo sexista, racista, especista, e muitos outros preconceitos legados como naturais.

Justamente por questionar as tradições econômicas, religiosas, culturais, políticas e científicas em aula, de modo crítico, o educador começou a receber no final do segundo bimestre letivo muitas reclamações dos pais dos alunos. Reclamações que foram registradas na escola na forma de BO (boletins de ocorrência) e se estenderam até o mês de agosto. Segundo o educador, no mês de julho, em umas das reuniões em que foi chamado para ter ciência dos BOs feitos contra suas aulas, ele pediu uma reunião com os pais dos alunos para que pudesse ouvir pessoalmente as reclamações e assim poder explicar o teor das aulas, o que ele fala e o que ele não fala, a importância dos filmes e documentários indicados aos alunos, como A carne é fraca e Não matarás. A reunião pedida pelo educador para esclarecer os pais, mesmo sendo registrada em ata, nunca ocorreu. Os pais se recusaram a ouvir o docente.

O educador, que leciona a disciplina de filosofia, sabe que apresentar uma visão crítica do mundo, exigindo de seus alunos que pensem e reflitam sobre seus costumes é algo que gera desconforto nos familiares, na comunidade escolar como um todo e, por incrível que pareça, em muitos professores, colegas de profissão. Após ler as reclamações e denúncias registradas nos BOs, Leon levanta dois questionamentos: primeiro, como alguns pais, que se recusam dialogar com o docente, têm poder sobre uma entidade representativa da Secretaria Estadual de Educação, como a superintendência, decidindo a vida funcional de um profissional? Simplesmente porque não concordam com o que o professor fala em sala de aula. Segundo o educador, os BOs estão repletos de argumentum ad hominem (argumento contra a pessoa). E o segundo questionamento do educador é sobre seu direito de resposta, de defesa. Onde foi parar um direito constitucional?

Nas palavras do educador e escritor:

"Fui informado pelo inspetor escolar que estou impedido legalmente de lecionar durante os próximos três anos no Estado de Minas Gerais. Está na resolução SEE n. 2741/15. No dia do professor, 15 de outubro, deixei de ser professor. Quanta ironia e injustiça. Sou um espírito livre, e incomodo por isso. A filosofia crítica incomoda. A verdade dos fatos incomoda. E estou pagando o preço por ser adepto da veracidade como virtude. Por defender em aula todos aqueles que estão em constante estado de vulnerabilidade. Os grandes pensadores, aqueles que são minha fonte de inspiração, na filosofia, na literatura, nas ciências, nunca foram bem vistos pela teocracia, pela oligarquia, pelos mantenedores do status quo; pelo contrário, sempre incomodaram e foram caçados pelas ideias que defendiam."

Nota da Redação: A redação vem esclarecer que segundo informações não foi culpa da escola, pois esta e o conselho de professores, quando solicitado, deram parecer favorável ao professor, (mesmo não concordando com a temática das aulas). Mas a superintendência de ensino da cidade de Guanhães ignorou isso e enviou um oficio de dispensa pedindo desligamento do professor sem justificar. Para registrar indignação pela dispensa / expulsão do educador acesse a Ouvidoria Geral do Estado de MG e manifeste sua opinião.


Fonte: http://www.anda.jor.br/21/10/2015/professor-vegano-e-proibido-de-lecionar-em-mg-por-defender-direitos-animais

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

CONVITE: 24/10

CONVITE: 24/10

A Vanguarda Abolicionista convida seus voluntários e amigos para o ato público '269' que acontece neste sábado, 24 de outubro, das 14h às 17h. Com foco na pecuária, a ação vai ocorrer na Esquina Democrática - rua dos Andradas com Borges de Medeiros, Centro de Porto Alegre. Em caso de chuva, fica cancelado.

Informações podem ser obtidas no dia pelo telefone 51-9167-9607.

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terça-feira, 6 de outubro de 2015

Boletim Vanguarda Abolicionista 06/10/2015

Porto Alegre: Ciclo de Palestras sobre Veganismo debateu ética, nutrição e cotidiano

O sábado, 3 de outubro, foi marcado pela pioneira edição do Ciclo de Palestras sobre Veganismo, realizado na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul pelo Movimento de Defesa Animal do RS e Vangurda Abolicionista. Veganos de diversas áreas palestraram nos turnos da manhã e tarde, e dezenas de pessoas assistiram às apresentações e debateram questões.

Fotos: Marcio de Almeida Bueno
José Otávio Candido da Silva

O evento abriu às 10h30min, apresentado por Marcio de Almeida Bueno, diretor-geral da Vangurda Abolicionista. O primeio palestrante foi José Otávio Candido da Silva, da cidade de Canoas, professor de Tecnologias Computacionais, que apresentou 'Retorno ao veganismo, futuro da humanidade'. "Nascemos veganos, mas depois nos botaram esse prazer pela carne", disse. "Nas empresas, costumo dizer que o colaborador é mais rentável, desperdiça menos, se afasta menso do trabalho por problemas de saúde, é mais feliz porque gasta menos na alimentação e na farmácia", apontou. "Nas igrejas, digo que o vegano é o cristão completo - 'amar ao próximo', 'nao matarás', e certa vez tive que me retirar rapidamente", riu.

 Juliano Zabka

O segundo palestrante foi Juliano Zabka, de São Leopoldo, publicitário por formação e ativista da Pro Animal, com tema 'Por que (e como) defender os animais'. Sua fala abordou a necessidade de intervirmos também no sofrimento e morte por razões da natureza. "Se fossem humanos afetados por uma nevasca, não ajudaríamos?", provocou. Também tratou do especismo, da crueldade e exploração.

Houve pausa para almoço, e os trabalhos foram retomados às 14h, com o painel 'Falta de proteína ou falta de informação?', a cargo do agrônomo José Otavio Carlomagno, de Caxias do Sul. Deu explicações técnicas sobre nutrientes, proteínas, componentes dos alimentos e até da semelhança entre as moléculas de sangue e de clorofila. "Depois de deixar o feijão de molho e ir trocando a água, o segredo é colocar no congelador. A água no interior do grão se expande, abrindo mais as fibras, o que aumenta seu valor nutricional e evita o uso da panela de pressão", ensinou.

José Otavio Carlomagno

Em seguida foi a vez de Bruno Vilela Oliveira, professor do Departamento de Computação da CCA/UFES, da cidade de Alegre, no Esppírito Santo. Sua video-palestra 'Argumentos usados em defesa das posturas especistas e respostas a esses argumentos' pdoe ser vista na íntegra em youtube.com/watch?v=NeFsHI1DVC0.

O momento do evento que mais teve perguntas do público, debate e comentários foi durante a participação da nutricionista Lucia Badia, de Pelotas. Seu tema foi 'Veganismo e atividade física', mas ampliado para questões como B12, ácido fólico na gravidez, deficiência de vitamina D e outras dúvidas da plateia. "É bom fazer o exame, não só da dosagem da vitamina B12 sérica, mas também da homocisteína, que é um marcador que se eleva à medida que a B12 baixa no nosso organismo", aconselhou.

 Lucia Badia

A professora de Artes Visuais Tathi Jaeger apresentou o painel 'As relações entre ética, educação e os animais não-humanos'. Mostrou assuntos como o início do preconceito na Grécia, com Aristóteles, neo-bem-estarismo, Pedagogia e a Declaração de Cambridge. "Sim, a Peppa Pig é um porco. A criança pequena tem esse discernimento, mas claro que você não vai chocar com imagens, vai explicar o que acontece. 'Será que o animal está feliz no circo', de onde ele veio?", comentou.

Tathi Jaeger

Luciano Carlos Cunha, doutorando em Ética pela UFSC, de Florianópolis, fechou o evento com a vídeo-palestra 'Animais não-humanos: vítimas dos humanos, vítimas da natureza', que pode ser vista na íntegra em youtube.com/watch?v=_PlHX5q8pKg. O saldo foi considerado positivo pelos organizadores, que já preparam uma segunda edição do ciclo.

Fonte:
http://vanguardaabolicionista.blogspot.com.br/2015/10/ciclo-de-palestras-sobre-veganismo.html


"Velório" de porco no Brique chama atenção para o consumo de carne animal


ONGs que defendem os direitos dos animais promoveram a ação para protestar


Suíno foi "velado" em um caixão, com direito a flores e pessoas de luto ao redor Foto: Lauro Alves / Agencia RBS

No Dia de São Francisco de Assis, padroeiro dos animais, entidades que defendem os direitos dos animais promoveram uma ação inusitada no Brique da Redenção, em Porto Alegre, neste domingo: o velório de um porco, com direito a caixão, flores e pessoas de luto ao redor. O evento não foi uma comemoração, dizem os organizadores, mas uma forma de protestar e provocar reflexões.

Foram distribuídos cerca de 5 mil panfletos explicativos a respeito da situação dos animais no Brasil e no mundo. Para o historiador e ativista Márcio Linck, o objetivo foi propor que as pessoas fizessem a conexão entre suas escolhas alimentares e a "cadeia de horrores" pela qual um animal passa até virar comida. No caixão, também foram colocados produtos alimentícios suínos, como salsicha, bacon e linguiça.

- O Brasil é uma tremenda carnificina. A maior parte dos animais sofre para virar alimento. Ao consumi-los, desconsideramos os direitos dos animais, como o direito à liberdade e à procriação natural. Queremos sensibilizar a população para que mude seus hábitos de consumo - afirma Linck.

Foto: Lauro Alves/Agencia RBS


O porco foi escolhido como símbolo porque, segundo o historiador, é um animal de fisiologia semelhante à humana, além de ser muito sensível e "mais inteligente que algumas raças de cães". Também foi uma forma de ampliar a discussão sobre os direitos dos animais, normalmente restritas aos bichos de estimação.

As partes do animal aparentes no caixão - a cabeça e as patas, entrelaçadas - foram compradas em um açougue de São Leopoldo. Linck admite que a ação causou estranhamento em alguns.

- Tem gente que vira o rosto, não quer ver, porque sabe que isso vai afetar sua consciência. Preferem não refletir para não ter de sair da zona de conforto.

O "velório" é uma ação conjunta das ONGs Pro-Animal, Princípio Animal e Vanguarda Abolicionista.

Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/porto-alegre/noticia/2015/10/velorio-de-porco-no-brique-chama-atencao-para-o-consumo-de-carne-animal-4862465.html

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