domingo, 29 de março de 2015

sugestao de matéria

Projeto Ame O Panfleteiro: Semana Santa

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A Vanguarda Abolicionista começou neste domingo, 29 de março, um ciclo de panfletagens alusivas à Semana Santa, dentro de seu Projeto Ame O Panfleteiro. O bairro escolhido foi o São Geraldo em Porto Alegre, com distribuição de centenas de impressos sobre a exploração de animais para consumo, leite e coelhos vivos como 'brinquedo'. Também houve entrega de panfletos sobre peles, já que a pele de colho – entre outros animais – voltou à moda em griffes e vitrines. Uma ativista usou orelhas de coelho para maior caracterização.

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quinta-feira, 26 de março de 2015

artigo de Marcio de Almeida Bueno sobre a Páscoa

Páscoa: chocolate sempre ao leite e coelhos fofos e dentuços

por Marcio de Almeida Bueno, diretor da Vanguarda Abolicionista

Então agora foi dado o start para as pessoas se agitarem na freqüência 'Páscoa'. A maioria aí sequer explicaria sem gaguejar o que diabos está comemorando, ou recordando, ou celebrando, mas entra na fila assim mesmo. O brilho do papel laminado dos ovos de Páscoa, as sorridentes demonstradoras nos supermercados, os indígenas no Centro vendendo cestas – made in China – e coelhos dentuços desenhados por toda a parte. Traduzindo para o especismo, aperta-se o pedal do acelerador na indústria leiteira, já que a humanidade precisa cumprir seu dever cívico de comer chocolate 'ao leite'. Apenas chocolate não seria tão divertido, mesmo que o gosto de um chocolate totalmente vegetal não seja diferente. Mas a prova de afeto familiar passa pelo kit ovo-papel-laminado-cesta-coelho-chocolate… ao leite. Longe das vistas de todos, a 'produção' leiteira tem portas abertas apenas para a visitação eventual de algum representante da Imprensa submissa, que só vê ali um negócio indo bem ou indo mal, mas jamais exploração animal, que loucura pensar isso!

Isso quando nenhum gênio resolve distribuir coelhos às crianças. Às vezes cai um raio na cabeça de diretor de escola, professora, empresário etc., e dá-lhe coelhos fofos e dentuços sendo encomendados. O que me faz lembrar de uma passagem da infância.

Um 'vale-coelho'. Eu tinha seis ou sete anos, e morava em Curitiba. Era Páscoa, e algum shopping da cidade – na época dizia-se 'centro comercial' – resolveu ENCOELHAR as crianças. Havia um cercado com dezenas deles, então trocava-se por um ticket, não lembro se do estacionamento ou o quê, e um funcionário pegava algum pelas orelhas e entregava à criança. Lembro até hoje do tiozinho pegando um e me entregando – depois, eu leria que 'não se deve pegar um coelho pelas orelhas', e essa observação ficou reverberando na minha cabeça infantil. O coelho, todo branco, mexia o nariz rapidamente e fazia cocô pela casa toda. Logo, meus pais deram o coelho para um vigilante do banco onde meu pai trabalhava, que tinha sítio e "o Quik-quik poderia viver melhor". Não tenho certeza se o nome do coelho era Quik-quik. Antes que eu pudesse pedir para visitá-lo, foi atacado por abelhas e morto a ferroadas. Essa foi a história que eu ouvi, da qual só fui duvidar anos mais tarde.

O fato é que era moda dar coelhos, pintinhos e peixinhos como se dão, hoje, ecobags, fôlderes e adesivos.

Dois ou três anos depois, eu estava em um jantar 'de Páscoa', e como decoração havia um coelho no meio do salão, em cima de uma mesa, dentro de uma gaiola que não permitia movimentos. Ninguém achava aquilo estranho, afinal quem promoveu o jantar pensara até nisso, claro. Aí umas crianças da minha idade, ou menos – mentalmente, entediadas de correr pelo salão, pegaram talhares e… começaram a espetar o coelho, que sequer podia se mexer. Minha mãe, futura protetora, viu a cena e foi lá tirar as crianças, e depois foi xingar algum adulto. Eu ia fazendo anotações mentais disso tudo, e ao chegar na vida adulta pude me libertar de datas, obrigações, jantares de trabalho, compras de última hora, papel laminado e… coelhos fofos e dentuços.


Comentários podem ser deixados diretamente em http://www.anda.jor.br/30/03/2012/pascoa-chocolate-sempre-ao-leite-e-coelhos-fofos-e-dentucos

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sábado, 21 de março de 2015

Porto Alegre: ativistas realizam o 2º Mutirão solidário sem crueldade - vegano

Porto Alegre: ativistas realizam o 2º Mutirão solidário sem crueldade - vegano

Foto: Marcio de Almeida Bueno


Na tarde deste sábado, 21 de narço, ativistas, protetores, vegetarianos e veganos fizeram comida vegana para pessoas em situação de rua. A ação aconteceu na Praça do Aeromóvel, em frente ao Gasômetro, e contou também com distribuição de roupas, livros, brinquedos, maquiagem e ração para cachorros. Foi a segunda ação do gênero em poucos meses, envolvendo ativistas independentes e de ONGs como Gatos da Redenção e Vanguarda Abolicionista. Os alimentos que sobraram ao final do evento foram remetidos a moradoras da avenida Farrapos. Um vídeo da atividade está em http://youtu.be/Dmej2sK8HaQ.




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sexta-feira, 13 de março de 2015

Feira Vegana de Porto Alegre

Terceira edição da Feira Vegana de Porto Alegre acontece neste domingo



No dia 15 de março, domingo, das 12h às 19h, acontece a terceira edição da Feira Vegana de Porto Alegre, no Restaurante Vê (Av. Lageado, 1265 – Bairro Petrópolis).

O evento contará com expositores de produtos exclusivamente veganos, que comercializarão alimentos, cosméticos, produtos de higiene e limpeza, todos livres de crueldade animal, com opções orgânicas e livres de glúten.

Ao meio dia, será servido pelo Restaurante Vê um risoto de arroz cateto orgânico com funghi ao vinho tinto e uma salada de folhas orgânicas com tomate cereja. O valor será R$ 8,00 por prato.

Às 14h, acontece a palestra "Os vegetais sofrem ao serem colhidos?", com o terapeuta ayurvédico Radhanti Maharaj.

Às 15h30 ocorre a Oficina de Ativismo e ações diretas pelos direitos animais, com a ativista Eliane Carmanim Lima. Nesta atividade também serão organizados eventos pela causa.

Às 17h, será realizada a aula demonstrativa de culinária vegana, onde a chef Leela Orth irá ensinar a fazer leite de girassol, canapés de ricota de girassol com tomates secos e sagu de chia (sobremesa funcional). A inscrição custa R$ 25,00 e poderá ser feita na hora.

O coletivo Vanguarda Abolicionista estará distribuindo material educativo sobre direitos dos animais e orientando as pessoas acerca do veganismo.

O evento ainda contará com a Banquinha da Proteção Animal, onde serão comercializados produtos cuja renda será revertida para os animais recolhidos da Vila São José e para os Gatos da Redenção. Durante todo o evento a banca estará recolhendo doações de ração para gatos e medicamentos.

A entrada no evento é franca.



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terça-feira, 10 de março de 2015

Artigo: Da violência contra éguas e mulheres

Da violência contra éguas e mulheres

10 Março 2015

Por Marcio de Almeida Bueno

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No vídeo, o cavalo está caído no chão, com as patas amarradas, e preso a um poste de madeira. Ele se debate, tenta se levantar - sem sucesso. Um gaúcho se aproxima - aquele bem caricato, com roupa típica, bigodão - e, com o chicote, espanca o rosto do cavalo. A cena é brutal. A pessoa que filma dá risadas. Pela voz, percebe-se que é uma mulher.

Trata-se da doma, à moda tradicional do Rio Grande do Sul.

No outro vídeo de faça-você-mesmo, uma égua é presa pela primeira vez pela boca, em um campo cercado. A corda, firme, está em um palanque. O gaúcho dá um susto no animal, que sai correndo, na sua força, sem saber do resultado. A corda estica é dá um tranco daqueles, inesperado. Dor e pavor. O processo se repete, e a égua dispara pelo gramado e então recebe o impacto. Chama-se 'quebra de queixo', uma espécie de ritual que diverte certa parcela da população ligada ao RS.

Não, o cavalo não é uma motocicleta que já vem de fábrica com acelerador, freio, marcha-a-ré e embreagem. Esses comandos todos são aprendidos, à custa de dor e, dali pra diante, temor para o resto da vida. Claro que a patricinha-de-feicibúqui que 'adora cavalos' e volta e meia vai a um sítio com passeios de montaria, jamais ficou sabendo disso. Não foi aos bastidores ver o choro do palhaço.

Porque estamos acostumados a ver o cavalo já com os arreios, com os apetrechos todos, na boca, cabeça, pescoço, costas, barriga. A propaganda é pesada, e mesmo um cavalinho de pelúcia, fofo, para dar de presente à namorada, já tem um arreio na boca. Reparem.

E há quem se auto-intitule vegano, aboliticonista ou defensor dos direitos animais, algo cool, e ao mesmo tempo passeia no lombo de um equino. Falo aqui 1% da dor física - sim, já existe a 'doma racional', parente do abate humanitário - e 99% da dor moral, uma vez que aquele quadrúpede vai passar o resto da vida obediente, Joãozinho-do-passo-certo, temeroso da próxima vez em que *aquela* dor vai voltar. A prova é que o 'freio' do cavalo-motocicleta é um puxão nas cordas, com mais ou menos força.

NInguém ousa se mexer na cadeira do dentista, quando *aquela* dor apita, não é mesmo?

E não citarei aqui a parte, digamos, odontológica aplicada ao nosso amigo cavalo, a seco, para fins de encaixe dos acessórios apropriados.

Bem, em 1984 fez muito sucesso uma música gauchesca - sim, há que se ter trilha sonora para o narrado acima - composta por Roberto Ferreira e Mauro Ferreira, chamada 'Morocha', cantada por um conjunto intitulado Davi Menezes Junior e Os Incompreendidos.

"Aprendi a domar amanunciando égua / E para as mulher vale as mesmas regras / Animal, te pára, sou lá do rincão / Mulher pra mim é como redomão / Paleador nas patas e pelego na cara", diz o refrão da música. Traduzindo para a língua falada no Brasil, mais ou menos quer dizer que o autor aprendeu a amansar éguas, e aplica o mesmo procedimento às fêmeas de sua própria espécie, inclusive com uso de uma espécie de algemas e venda para os olhos - que fazem parte da doma equina, conforme o caso.

No vídeo disponível no YouTube, o cantor se apresenta com chicote na mão, e uma elegante senhora da platéia - com uma estola no pescoço equilvante a umas quatro raposas - passa o tempo todo vaiando e xingando os músicos. As demais mulheres focalizadas pela câmera aplaudem ou permanecem comportadas.

Curiosamente, uma música similar foi lançada em resposta à primeira. Intitulada 'Morocha, não', de Leonardo, um dos mais conhecidos cantores-compositor da música regional do RS, já falecido, respondia às bravatas. "Ouvi um qüera largado, gritando em uma canção / que as regra pra um ser humano é a mesma dos animais / que trata que nem baguais / maneando patas e mão" diz um trecho. Nota-se, claro, o especismo. Não podemos ser ingênuos. O refrão é "morocha não, respeito sim / Mulher é tudo, vida e amor / Quem não gostar que fique assim / Grosso, machista e barranqueador". Barranquear, traduzindo, é estuprar - isto vai ser contestado, mesmo que mentalmente, por muitos, que não vão se manifestar por vergonha - uma égua fazendo uso de um pequeno declive para que, digamos, os genitais fiquem na mesma altura.

Uma espécie de ritual que diverte certa parcela da população ligada ao RS.


perfil marcio bueno2

Marcio de Almeida Bueno | vanguardaabolicionista@gmail.com

Jornalista multifuncional, ativista pela libertação animal, anti-especismo e veganismo. Vegetariano desde 1995 e vegano desde 2006, diretor-geral da Vanguarda Abolicionista, voluntário em outras ONGs, músico independente, defensor dos direitos humanos e ateu praticante.

Olhar Animal - www.olharanimal.org



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sexta-feira, 6 de março de 2015

lixo

Rodeio de Cotiporã/RS: cinco toneladas de lixo e mais de 20 mil latinhas


É grande a quantidade de lixo e resíduos sólidos produzida em grandes eventos, como shows, festas, jogos e rodeios tradicionalistas gaúchos. A causa é o intenso consumo de bebidas em lata, como cervejas e refrigerantes, além de copos plásticos e lixo de toda natureza. O exagerado consumo de álcool tem predominância entre jovens e adolescentes, resultando em uma geração com muitos alcoólatras. No rodeio de Cotiporã, foram consumidas mais de 20 mil latas de cerveja e refrigerante, em apenas quatro dias. Constatou-se a produção de mais de cinco toneladas de lixo seco, em sua grande maioria latas de cerveja e copos plásticos - a maior parte jogada no chão, apesar das lixeiras no local. Segundo a empresa que fez a coleta durante mais de uma semana, 80 a 90% do material foi reciclado. Grandes eventos exigem um plano de gestão para o lixo, com mais educação ambiental para as pessoas, mais lixeiras com separação prévia de resíduos, orientação aos jovens para o problema do alcoolismo e mudança na cultura das pessoas no que se refere ao consumismo. O uso deve ser consciente, pois a sustentabilidade do planeta começa pelas boas ações de redução, reutilização e deposição final adequada do lixo.
Fonte: Jornal Panorama Regional



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